Produção, ó irmão!
Oras!
Entardeceu
Entardeceu
De longe
Descompassado
Observo
Ponteiros impiedosos
Não exitam
Não param
Não cessam.
Mental e sinceramente
Tiro-os dos eixos
Perco-os nos bolsos
Perco-me em sonhos.
Doentia reunião de pseudo-lembranças
Minhas
De terceiros
De Sextas e planos
Sentencio-me calado ao soar do despertador.
Adormecia pela rotineira doença
Há tempos idolatrando
Ah!
Maldita esquizofrênica.
É que, sabes, ao acaso deveria se hospedar a honestidade
Imagino, comigo.
Em pausas, em gritos.
E mais uma vez só imagino.
Hoje resido a tão insegura realidade.
Percebo que o tempo não espera.
- Compita com a luz!
Dizia com os pés na mesa
Sem dúvidas
Outra programada tarefa.
- Acalme-se! Proativo senior.
Ouço.
Não pergunte-me de onde
Sou louco!
Estalo.
Companheira,
A cadeira mais uma vez reclama.
A pilha de folhas se acumula na mesa.
Grudado a úmida xícara
Repousa um sonolento bilhete
Pela brisa de não sei quantas
Deve ter vindo de encontro a porcelana.
Com a mente trabalhando, leio sem dar muita importância:
"Sempre prego e agrego toda uma história outrora paginada
Aquela senhora que via sentada na varanda
Hoje corre pelo verde parque ao lado de casa.
Sinta meu berro ecoar: workaholic, não lhe garantirás!
Descompasse, meu velho.
Abra os ouvidos!
Abra os ouvidos!
Perco tempo com o tempo, não perco tempo contigo
Vive-se ou mantem-se vivo?"
Do escritório eis que estava partindo.
Willian Sampaio